O sexo na era da Internet

Última atualização em 6 de fevereiro de 2024

Sexo e redes socialesFazer uma pesquisa na vasta floresta escura que representa o sexo na internet não é uma coisa fácil, já que têm todos os tipos de material, que cair na banalidade ou no trivial é muito fácil.

As primeiras coisas primeiro, no início tinham os bate-papo, incluindo os mais famosos Excite e MSN, agora caídos em tempos difíceis e abandonados, mas que com suas várias salas deram a oportunidade ao usuário de conhecer outras pessoas, de paquerar, disfarçar sua identidade ou ao contrário de “sair do armário”.

Mas nos últimos anos o advento das redes sociais tem dado nova vida com a oportunidade de conhecer pessoas da sua mesma cidade ou do outro lado do mundo, apenas tentando uma busca aleatória na web, é claro multiplicam-se os perfis falsos ou duplicados, comopara criar um perfil em uma rede social apenas precisa ter um e-mail.

selfie-sexyÉ claro que, além das redes sociais “canônicas”, Facebook a mais conhecida, entre as quais não podemos incluir determinados chats dos jogos online, tem havido nos últimos tempos uma multiplicação exponencial das redes sociais e dos sites de relacionamento, tanto para namoro quanto para sexo sem compromisso, onde as fases de um romance, literalmente, são invertidas: antes se faz sexo e, em seguida, se você quiser, vai saber mais e conhecer melhor a pessoa com quem você transou. Ou talvez não: depois de uma prazerosa noite de sexo, cada um vai para seu caminho.

Aumenta o número dos chamados “HookUp” ou, em português “vamos ficar”, experiências de sexo “bater e correr” ou neste caso seria melhor dizer “foder e correr”, você vai para a cama com alguém só para curtir uma noite de sexo, sem se sentir obrigado a ter alguma forma de compromisso uns com os outros.

Para os erosnautas mais ousados (termo da recente cunhagem) nasceu nos últimos tempos um App “Bang With Friend” (ir para a cama com os amigos, em uma tradução muito literal) onde você se cadastra com sua conta Facebook e pode dizer com quem entre seus amigos da rede social você gostaria de fazer sexo. Se o interesse é reciproco, o App permite de combinar um encontro.

Enquanto isso, em absoluta contra tendência, para se focar no mundo do trabalho e dos negócios, Linkedin, a mais famosa rede social de perfis e contatos profissionais, excluiu os perfis de garotas de programa e de atividades para adultos. Nos termos de uso da plataforma é declarado em forma explicita que não serão aceitos este tipo de atividades, mesmo que sejam legais no pais de residência.

garota-bate-papo-picantePara os mais inexperientes a armadilha é ao virar da esquina, perfis fake do Twitter, Facebook e outras grandes redes sociais mostram mulheres jovens prontas para oferecer imagens e vídeo quentes através da contrapartida de recargas de celulares, e se, na maioria dos casos, são na verdade, donas de casa ou estudantes que querem ganhar um dinheirinho extra, nos restantes dos casos são perfis falsos criados especificamente para fraudar crédulos e que prontamente dentro de poucos dias serão excluídos da rede social.

Além das redes sócias mais generalistas, como o Facebook, nos últimos anos ficaram mais e mais populares os sites de encontros e as redes sociais especificas para conhecer parceiros. Têm site dedicados a que procura namorada para um relacionamento sério, outros para quem apenas quer sexo casual e outros para quem quer pular a cerca com uma aventura extraconjugal.

Finalmente, para quem ama a masturbação têm os sempre populares sites onde ver ou baixar vídeos e imagens pornô, porque, no final das contas, como disse Woody Allen em um filme seu, “se masturbar é ter sexo com alguém que você ama”.

Mas, além da pura diversão, o “sexo on-line” ou “sexo virtual”, como muitas vezes é chamado, pode se tornar uma doença real. O vício do sexo ou dependência sexual, também chamada de “impulsividade sexual” ou “ninfomania” é um fenómeno que ainda não encontrou o pleno reconhecimento por sistemas nosográficos oficiais, mas está recebendo um crescente interesse em psiquiatria, dada a utilização generalizada de Internet. A Associação Psiquiátrica Americana está neste momento considerando a possibilidade de inseri-lo na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM5 sob a voz disturbo por hipersexualidade (desordem hipersexual).